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Governo de Angola suspende atividades da ONG Zuzu for Africa por irregularidades administrativas
Organização que atua há anos em missões humanitárias no país tem projetos paralisados por irregularidades legais, o que gerou debate nas redes sobre trabalho social internacional e requisitos legais em solo africano.
As atividades da ONG Zuzu for Africa foram suspensas em Angola após decisão do Governo Provincial do Bengo, que apontou ausência de regularização documental exigida pela legislação local para organizações não governamentais estrangeiras em atuação no país.
A informação foi confirmada por autoridades angolanas e comunicada publicamente pela própria organização. Segundo nota divulgada pela Zuzu for Africa, a suspensão atinge projetos sociais desenvolvidos há cerca de oito anos no território angolano, especialmente em comunidades da província do Bengo.
Repercussão nas redes e entre apoiadores
Embora a ONG atue em Angola há anos, o caso ganhou ampla visibilidade nas últimas semanas após a circulação de conteúdos produzidos por influenciadores brasileiros durante uma missão no país. Os registros, compartilhados nas redes sociais, mostravam ações em comunidades locais e passaram a ser questionados por parte do público.
O debate se intensificou após críticas do público que apontaram problemas na forma como crianças africanas estavam sendo expostas em vídeos e fotos de cunho humanitário. As declarações geraram respostas públicas de influenciadoras envolvidas na ação, como Nathalia Valente e Mari Menezes, que defenderam a iniciativa e citaram arrecadações e projetos realizados.
A partir daí, a discussão extrapolou a atuação específica da ONG e passou a envolver temas mais amplos, como ética na produção de conteúdo social, limites entre ajuda humanitária e performance digital, e responsabilidade de criadores de conteúdo em contextos de vulnerabilidade.
ONG se posiciona
Em nota, a Zuzu for Africa informou que foi notificada pelas autoridades angolanas e que, diante da decisão, optou por suspender temporariamente suas atividades no país enquanto avalia os próximos passos. A organização afirmou ainda que está buscando esclarecimentos sobre o processo de regularização.
A Africanize segue acompanhando o caso e atualizará a matéria conforme novos posicionamentos oficiais sejam divulgados.
